Você sabe o que é Doença Celíaca?

Doença Celíaca é uma doença autoimune que acomete o intestino, mas pode repercutir em todo o corpo.

Doença Autoimune

Doença autoimune é caracterizada por uma ativação do sistema imunológico que agride o próprio corpo. Normalmente o sistema imune deve reagir contra células defeituosas e germes, porém nessa circunstância passa a agredir células normais.

Doença Celíaca

O que chama atenção na Doença Celíaca é que, após uma reação contra o glúten, o sistema imune passa a agredir estruturas do intestino, gerando o inflamação, enterite. O sistema imune produz anticorpos que circulam e agridem as células.

Glúten

São proteínas presente em alimentos. Algumas levam a inflamação do intestino como gliadina (trigo), hordeína (cevada), secalina (centeio)

Exemplo de alimentos com Glúten.

Base genética

Para desenvolver doença celíaca é necessário, antes de tudo, ter predisposição genética. Genes estão relacionados com a doença celíaca com HLA DQ2 e DQ8.

Atenção! Muitas pessoas apresentam esses HLA quando pesquisados, mas não quer dizer que sejam celíacos ou  desenvolverão a doença.

O segundo passo é a reação do sistema imune ao glúten através da apresentação do glúten pelo HLA. Esse gatilho inicial não é bem entendido.

Depois o sistema passará a produzir anticorpos que inflamarão o intestino.

Como se manifesta a Doença Celíaca?

A doença Celíaca tem manifestações intestinais e extraintestinais.

PRINCIPAIS SINTOMAS: diarreia intermitente ou crônica, parada no crescimento, perda de peso, atraso na puberdade, amenorreia primária, deficiência de ferro e anemia, dor abdominal crônica, fadiga, constipação, aftas de repetição, rash de dermatite herpetiforme, bioquímica hepática alterada, doença ósseo metabólica.

Situações Associadas e Risco de ter Doença Celíaca.

ASSINTOMÁTICOS: DM tipo 1, Síndrome de Down, Tiroidite autoimune, Síndrome de Willians, Síndrome de Turner, Doença de Addison, Deficiência de IgA, doença hepática autoimune, parentes de primeiro grau com doença celíaca. Nestas situações, a doença celíaca deve ser sempre investigada.

Exames

Existem vários exames que subsidiam o diagnóstico. Como é uma doença autoimune, deverá ter auto anticorpos, que costumam ser investigados, como exemplo são: Anti-transglutaminase, anti-endomísio, anti gliadina (deaminada).

O teste de HLA DQ2 e DQ8 são exames que subsidiam o diagnóstico, principalmente para afastar a possibilidade. Aqueles que tem esse HLA positivo, não quer dizer que tem a doença. A positividade do HLA diz que ele PODE ter a doença. A grande ajuda desse exame ocorre quando seu resultado é negativo, pois quando negativo, a pessoa não terá doença Celíaca, afastando a possibilidade da doença.

A endoscopia digestiva alta com biópsias são de extrema importância na maioria dos casos diagnóstico, sendo exame a ser feito em algumas situações clínicas.

Classificação

Essa classificação ajuda no entendimento e na orientação do tratamento.

A doença Celíaca pode ser classificada em várias formas.

Quem tratar?

Aqueles que tem forma clássica, atípica e assintomática devem ser tratados, pois essas três formas são doença celíaca. Aqueles que tem forma latente ou potencial, devem ser orientados e acompanhados, mas não precisam restringir glúten.

Como Tratar?

O único tratamento para a doença celíaca é seguir uma dieta sem glúten, isto é, para evitar todos os alimentos que contêm glúten (trigo, centeio, cevada). Sobre a aveia pura, há controvérsias.

Para a maioria das pessoas celíacas, que seguem a dieta sem glúten, apresentam melhora dos sintomas, cura do dano intestinal existente e evita mais danos complicadores. As melhorias começam dentro de semanas do início da dieta e o intestino delgado é geralmente completamente curado, significando que as vilosidades estão intactas e funcionando em 6 a 18 meses. (Pode levar até dois anos para os adultos mais velhos.)

Elementos fundamentais:

  1. Consulta com profissional experiente na doença;
  2. Educação sobre doença;
  3. Perpétua aderência a dieta livre de glúten;
  4. Identificar e tratar as deficiências secundárias a restrição;
  5. Se associar a um grupo de apoio;
  6. Seguimento multidisciplinar por longo prazo.

Dieta deve ser isenta de trigo, centeio, cevada. Substituir alimentos por aqueles preparados por farinha de tapioca, soja, arroz, milho, trigo mourisco e as batatas. Também recomenda-se que sejam lidos rótulos dos preparados com cuidado, com atenção aos aditivos, estabilizantes e emulsionantes que contenham glúten. Aqueles que tem intolerância a lactose devem evitá-la, pelo menos até a recuperação da mucosa. Alguns recomendam o não consumo de aveia, pura, mas outros advogam a introdução depois de muito tempo após controle ou se for doença leve.

Leitura dos rótulos é fundamental.

Pacientes recém diagnosticados devem ter suas reservas de micronutrientes avaliada: Ferro (ferritina, ferro sérico, capacidade de ligação de fero), ácido fólico, cálcio, 25 hidroxi vitamina D e vitamina B12.

 

Estamos dispostos a ajudar e orientar no diagnóstico e no tratamento.

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